Desde que o Banco Central anunciou detalhes sobre o seu sistema de pagamentos instantâneos, o Pix, os setores financeiro e varejista estão na expectativa pela chegada da nova plataforma, que entra em vigor dia 16/11/2020. Na última semana, com o início oficial do cadastramento das chaves, os registros já ultrapassavam 25 milhões de usuários, demonstrando a facilidade de adesão ao Pix.
O objetivo é facilitar transações financeiras dos usuários com outras pessoas, com empresas e com órgãos do Governo, em operações que duram no máximo 10 segundos. O Pix irá ajudar a acelerar a digitalização dos pagamentos e a inclusão financeira no Brasil – o que é de extrema importância em tempos de pandemia e crise econômica.
Por isso, neste artigo, vamos falar sobre o que é Pix e detalhar as principais informações sobre o sistema de pagamentos instantâneos, bem como todos os benefícios que ele vai trazer para as pessoas, organizações, varejo e setor financeiro. Confira!
O que é Pix?
Pix é o nome escolhido para o sistema instantâneo de pagamentos do Brasil, que permitirá transações praticamente em tempo real – diferentemente do que temos hoje com TEDs, DOCs, boletos e cartões, por exemplo.
A adesão é obrigatória para instituições financeiras com mais de 500 mil contas ativas, o que, na prática, representa os principais bancos e algumas fintechs, responsáveis por mais de 90% das transações no país. Outras instituições, com base menor de contas, terão participação facultativa no sistema e não precisam ativar o produto em novembro.
No momento, de acordo com o BC, mais de 900 instituições financeiras estão com o processo de cadastramento aberto, reforçando o quanto esse é um marco para o mercado financeiro e uma revolução no sistema de pagamentos do Brasil.
Segundo Breno Lobo, chefe de subunidade no departamento de competição e de estrutura do mercado financeiro do Banco Central, será cobrado R$ 0,01 pela liquidação de cada 10 pagamentos instantâneos na plataforma. O valor será pago ao BC pela instituição que receber a ordem de pagamento.
Ainda, cabe às instituições financeiras decidirem se irão cobrar esse serviço e quais serão os valores das tarifas, porém a expectativa do BC é que ele seja gratuito para pessoas físicas e MEIs no caso de transferências bancárias ou realização de compras.
A situação é diferente quando se trata das pessoas jurídicas. Na Resolução do BCB Nº 19/2020, publicado dia 1º/10, as instituições financeiras que aderirem ao Pix estão permitidas de cobrar tarifas tanto do cliente pagador quanto do recebedor.
E o que significa Pix? O nome escolhido pelo Banco Central, na verdade, não é nenhuma sigla, mas um termo que remete a conceitos como tecnologia, transação e pixel. A ideia é ser tão simples como um bate-papo em redes sociais – inclusive no nome!
Entre os serviços que serão disponibilizados a partir do lançamento do Pix, em novembro de 2020, estão transações financeiras que podem ser iniciadas a partir de QR Code, chave de endereçamento ou preenchimento manual de dados, sendo elas:
O sistema poderá ser acessado no aplicativo do banco em que o usuário possui conta e até em sites de e-commerce que ofereçam o Pix como opção de pagamento. E um importante diferencial: com o Pix, as operações poderão ser realizadas 24 horas por dia, todos os dias do ano. Isso significa que o valor pago cai na conta do recebedor em poucos segundos, mesmo em feriados ou finais de semana.
O projeto do Banco Central, anunciado em fevereiro de 2020, tem como objetivo principal dar poder de escolha ao consumidor na hora de realizar suas transações financeiras. Tudo isso dentro de quatro tópicos que fazem parte da agenda atual da autarquia:
Na prática, o Pix traz benefícios para todas as partes envolvidas: usuários, recebedores e setor financeiro.
O primeiro passo para aderir ao sistema é criar uma “chave Pix”, que representa o endereço da sua conta bancária e é a informação que vai identificar o cliente no sistema. Para criar a chave é possível escolher quatro formas diferentes de identificação:
Pessoa física pode registrar 5 chaves para cada conta da qual for titular. Já pessoa jurídica pode cadastrar 20 chaves para cada conta. Mesmo assim, o cadastramento não é obrigatório para receber um Pix, mas é recomendado pela maior facilidade de envio e segurança sobre as informações de conta.
Quer saber mais sobre os benefícios de aderir ao Pix? Assista ao nosso webinar e entenda como o sistema vai impactar o mercado e o dia a dia dos usuários:
Se por um lado o Pix demonstra facilidade de adesão, velocidade e conveniência, por outro também pode gerar desconfiança e insegurança pelas mesmas razões. Com o crescimento exponencial nos números de chaves registradas, o sistema já contabiliza algumas fraudes, como o surgimento de sites falsos, que captam dados dos usuários.
De acordo com o manual de segurança do BC, o Pix tem como protocolos de segurança os mesmos mecanismos do Sistema Financeiro Nacional, usados para TEDs e DOCs, como autenticação e criptografia.
Ainda sim, para minimizar os riscos de invasão de contas e se prevenir de outros tipos de fraudes, a recomendação por enquanto é cadastrar as chaves usando diretamente os aplicativos das instituições bancárias, que possuem mais camadas de segurança na interface. Links recebidos via SMS, redes sociais ou por email devem ser evitados.
Em um webinar exclusivo, realizado pela Conductor em parceria com a FICO, referência mundial em prevenção a fraudes, conversamos sobre como se preparar para o cenário de mudanças que o Pix está trazendo – tanto para as pessoas quanto para os mercados, especialmente financeiro e varejista. Ainda, abordamos possíveis soluções antifraude para os negócios. Confira:
Para aproveitarmos todo o potencial desse sistema de pagamentos instantâneos, é preciso contribuir para uma transformação cultural bastante necessária no Brasil, com redução da importância do papel moeda – meio de pagamento com maior custo e menor rastreabilidade. Na Conductor, apoiamos qualquer iniciativa como o Pix, que favoreça os meios de pagamento digitais, facilitando as trocas na sociedade. E faremos a nossa parte para incentivar essa transformação na cultura!
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